Prisões de Animais: Por Que os Zoológicos não são Benéficos

Durante séculos, os zoológicos foram considerados uma maneira de educar o público sobre os animais e sua preservação. Além disso, é mostrado como um lugar de diversão e entretenimento. Porém, com o tempo, cresce a percepção de que, embora esses locais passem essa imagem, existe uma problemática intrínseca nesses ambientes. Isso porque, estes locais estão longe de oferecer benefícios para as espécies.

Os animais são mantidos em cativeiro desde a antiguidade e as primeiras coleções de espécies exóticas eram exibidas em jardins zoológicos privados dos monarcas e imperadores. Dessa forma, apenas a elite tinha acesso.

A imagem dos zoológicos foi se transformando com os anos. O seu objetivo exposto, que inicialmente era exibir animais raros e exóticos, muitas vezes, em condições inadequadas, mudou para ser um ambiente mais voltado à educação e conservação. Ocorre que, apesar da imagem do zoológico ter se transformado durante esses anos, na prática não é bem esta imagem atual que acontece. 

Segundo uma pesquisa feita em 2016 pelo IBAMA, dos 111 zoológicos existentes no Brasil, 77 eram inadequados, utilizando remédios fora da validade, causando a desnutrição e morte precoce de espécies, além da poluição sonora e superlotação dos ambientes.

Uma das principais críticas aos zoológicos é a limitação de espaço. Animais que, em seu habitat natural, percorrem grandes distâncias, como leões, elefantes e ursos, são frequentemente confinados a espaços pequenos, que mal permitem seus comportamentos naturais. 

Esse confinamento impede que os animais se movam livremente, o que pode resultar em comportamentos repetitivos e estereotipados, como balançar a cabeça ou andar em círculos, indicativos de estresse e ansiedade, o que demonstra prejuízos na saúde mental deles.

Felizmente, o mundo está caminhando para alternativas mais humanas e éticas para a conservação e educação ambiental. Santuários de animais, por exemplo, são considerados locais sem fins lucrativos, que visam a reabilitação dos animais após serem vítimas de maus-tratos e exploração em circos ou no tráfico, reintroduzido esses animais na natureza. 

Desse modo, diferentemente de zoológicos, não é como se fosse uma prisão ou um ambiente de exposição para os animais. Ao contrário disso, os santuários visam a criação de um habitat no qual os animais se sintam na natureza. O objetivo é que, ao final da reabilitação, o animal consiga conviver no ambiente externo de uma maneira mais natural e saudável.

A verdadeira preservação da biodiversidade não está em manter animais em ambientes artificiais, mas sim em proteger seus habitats naturais e permitir que eles vivam de forma livre e sem interferência humana. Evitar zoológicos e incentivar o trabalho dos santuários é uma maneira de fazer escolhas mais conscientes e mostrar para as futuras gerações que os animais têm direitos e precisam ser respeitados como iguais aos seres humanos.

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