A indústria têxtil é uma das maiores e mais influentes do mundo, responsável pela produção de roupas e acessórios que atendem às necessidades de consumo global. No entanto, por trás da fabricação de roupas que muitos de nós vestem, esconde-se uma realidade de exploração e violação dos direitos dos animais.
O uso de peles, lã, seda e outros materiais de origem animal é algo que ainda é amplamente criticado por ativistas dos direitos dos animais, que denunciam a forma como esses seres vivos são tratados em nome do lucro e da moda. Isso porque, apesar de ser muito óbvia, a crueldade que envolve em utilizar tecido animal é algo que ocorre costumeiramente.
Embora o consumo de produtos têxteis que envolvem exploração animal e crueldade seja uma prática que muitos desconhecem ou preferem ignorar, é fundamental discutir como os direitos dos animais são sistematicamente negligenciados dentro dessa indústria.
Coelhos, raposas, esquilos, e até mesmo cães e gatos, são criados e mantidos em condições de miserabilidade, nas jaulas das chamadas “quintas de peles”, estando condenados a uma morte cruel, com a finalidade de terem suas peles e pêlos utilizadas para a fabricação de peças de roupas e acessórios como casacos, sapatos, malas, brincos, entre outros.
Estes animais são as verdadeiras “vítimas da moda”, e embora cruel, polémica e muito ignorada por grande parte da sociedade, é considerada uma realidade que ainda ocorre ao redor do mundo.
É importante ressaltar que os prejuízos causados pela utilização de tecido animal vão muito além da violência animal.
Para tornar uma pele animal apta à produção de alguma peça, ela passa por um processo denominado curtimento. Este processo é responsável por tornar a pele animal, que é uma matéria prima em decomposição, em couro ou pele, e utiliza-se de produtos químicos.
Cerca de 90% das peles do mundo são curtidas com o agente chamado cromo, esse é extremamente poluente e acarreta problemas à saúde humana. Outra questão a ser pontuada, a utilização em larga escala de água na produção de pele/ couro animal, que pode ser considerada o elemento mais importante para a indústria.
Pode-se entender a utilização do tecido animal em roupas e acessórios como algo culturalmente construído, desde os primórdios da sociedade. Entretanto, com o passar do tempo e com a evolução das técnicas de produção, o ser humano encontrou outras formas de se aquecer, não existindo mais qualquer necessidade desse tipo de recurso para sobrevivência.
Optar por não financiar produtos de moda que utilizam pele animal é um passo importante para reduzir a demanda por essa prática cruel e insustentável. Além disso, ao apoiar alternativas sustentáveis e éticas, como peles sintéticas ou inovadoras tecnologias têxteis, estamos incentivando o crescimento de uma indústria mais alinhada com os valores de respeito aos direitos dos animais e preservação ambiental.