Um relatório publicado na Future Foods concluiu que não apenas a carne à base de plantas é melhor para o meio ambiente em comparação com a carne animal, mas também é mais saudável para os seres humanos.
Além de ser mais ecológico e saudável do que consumir produtos de origem animal, a produção de alternativas à base de plantas é muito mais sustentável e uma solução muito melhor para atender à crescente demanda de uma população global cada vez maior.
O relatório revisou 43 estudos diferentes sobre a “saudabilidade e sustentabilidade ambiental” de alternativas à base de plantas. Existem muitos fatores diferentes em jogo quando se trata de porquê carnes e laticínios à base de plantas são melhores para o meio ambiente e para saúde humana.
Quando se trata do impacto na mãe natureza, a produção de alternativas à base de plantas libera menos gases de efeito estufa, usa menos água e terra e não precisa explorar, abusar e matar bilhões de seres sencientes no processo. A quantidade de água necessária apenas para produzir um único quilo de carne bovina é superior a 15.000 litros, de acordo com a maioria das estimativas. O processo é muito mais sustentável e escalável, tornando possível usar as plantas – que hoje são cultivadas para alimentar dezenas de bilhões de animais de criação – para alimentar humanos. Enquanto alimentamos facilmente 80 bilhões de animais de fazenda todos os anos com milho e soja para prepará-los para o abate, bilhões de humanos estão em insegurança alimentar.
Os benefícios para a saúde de uma dieta baseada em vegetais são discutidos há décadas, mas não obtêm atenção suficiente na mídia ou visibilidade em outros lugares por causa do lobby da indústria da carne e do fato de que as pessoas simplesmente não querem ouvir sobre uma indústria que os está deixando doente e causando estragos no meio ambiente e nos direitos humanos e animais. A mídia não fala bastante sobre essas questões porque hoje em dia vivemos em um mundo onde os cliques importam. Quanto mais pessoas assistem a um vídeo ou lêem um artigo, mais o meio de comunicação ganha em dólares de publicidade. Se o meio de comunicação estiver falando sobre algo que deixa o espectador desconfortável ou envergonhado por suas próprias ações ou hábitos, ele irá para outro lugar para obter notícias e informações. Por isso, a grande mídia evita falar sobre o veganismo de maneira séria.
Mas esta informação existe há muito tempo. Em 2005, T. Colin Campbell e seu filho, Thomas M. Campbell II, publicaram The China Study: The Most Comprehensive Study of Nutrition Ever Conducted. O livro usou dados coletados ao longo de 20 anos em dezenas de condados da China para analisar as taxas de mortalidade e câncer entre pessoas que consumiram diferentes tipos de dietas. Algumas das principais conclusões da revisão e do estudo divulgado agora na Future Foods incluem, mas não se limitam a, taxas reduzidas de câncer em quem consome uma dieta baseada em vegetais, a reversão de doenças crônicas como doenças cardíacas , redução de casos de diabetes, obesidade, doença renal, doença cerebral, doença autoimune e doença óssea, e muitos outros benefícios.
Se os benefícios ambientais e de saúde não forem suficientes, uma dieta baseada em vegetais reduz o sofrimento animal e a exploração de trabalhadores mal pagos, muitas vezes com baixa escolaridade, que ganham salários extremamente baixos e sofrem muito com problemas de saúde mental gerados por anos de experiências perigosas e emocionalmente prejudiciais, pois trabalham matando animais em um matadouro ou separando bebês de suas mães em fazendas de gado leiteiro.Poucas pessoas querem ouvir a verdade quando ela reflete mal em seus próprios hábitos e ações. Isso é compreensível. Mas esse assunto é sério demais para ser ignorado e é hora de as pessoas começarem a prestar atenção. De acordo com o jornal britânico The Independent, a melhor coisa que um indivíduo pode fazer para ajudar o meio ambiente é se tornar vegano. Mudar não é fácil, especialmente quando se trata de parar algo que se fez durante toda a vida. Mas para quem procura causar um impacto positivo em muitas frentes – meio ambiente, direitos dos animais, justiça humana e sua própria saúde – cortar produtos animais de sua dieta é a melhor maneira de fazer isso.
